terça-feira, 13 de novembro de 2012

A WEB 2.0 E A BE 2.0 - UM COMENTÁRIO









Índice:
1.    Ideias orientadoras do texto em análise
i.   Definição do conceito e implicações sociológicas imediatas decorrentes do aparecimento da Web 2.0
ii.    A Web 2.0 e a Escola
iii.   A Web 2.0 e a BE 2.0
     2.    Conclusão

i.     Definição do conceito de Web 2.0 e implicações sociológicas imediatas decorrentes do seu aparecimento
Início da sua utilização em contexto histórico recente (2003). 
  A Web 2.0 revoluciona a forma como a internet passa a ser encarada pelos utilizadores ao mesmo tempo que introduz, imediatamente com o seu aparecimento, uma diferença abissal entre “nativos digitais” e “imigrantes digitais” na óptica das comunidades de utilizadores e das potencialidades e de serviços a que passam a aceder.

ii. A Web 2.0 e a Escola
 Questiona-se a forma segundo a qual podem (a BE) e a Escola acompanhar este “passo em frente” tendo em conta os novos serviços e funcionalidades proporcionados pela Web 2.0, considerando ainda o novo perfil de utilizadores e a incontornável interatividade inerente a esta plataforma ao nível da construção/produção de conhecimento.
 O documento continua explicitando que esta plataforma constitui-se, por si só, como “um valor acrescentado”, uma “mais valia” pelos aplicativos que proporciona aos utilizadores que, na rede e, em rede, atingem com a Web 2.0 números astronómicos se comparados com os da Web 1.0, tudo isto no espaço de uma década – 1996-2006 - ao mesmo tempo que se desenvolve uma inteligência colectiva, uma exigência crescente para a melhoria dos conteúdos e aplicativos bem como para a sua avaliação (rating), aumentando-se exponencialmente as conexões entre os utilizadores como se de sinapses de um cérebro se tratasse.
 Outro paradigma associado à Web 2.0 é o da atitude nova que ela pressupõe no relacionamento entre utilizadores – o exemplo dado coloca a escola no centro do “desajustamento” que se está a verificar: na escola a superstrutura (docentes/direção) são ainda da geração dos “imigrantes digitais” e, portanto, têm consequentemente mais dificuldade (veja-se maior lentidão) em adaptar-se aos desafios pedagógico-didáticos colocados pela Web 2.0. No reverso da medalha encontra-se a multidão dos “nativos digitais” (os alunos) que, ao serem pioneiros da utilização desta plataforma nas escolas, a utilizam massivamente numa aprendizagem sem tutoria, indiferentes aos riscos que ela comporta, sem formação, orientação e supervisão para gerirem o infindável volume de informação e de conteúdos que dela jorram, sem possuírem ainda o “aparelho crítico” e o domínio das literacias que lhes permitam distinguir as “ervas daninhas ”no terreno fértil dos temas e ideias” (imagens, vídeos e sons, acrescentarei).
 E este risco/desafio não está perto de encontrar solução porque no horizonte próximo se perfilam já os novos “upgrades” da Web 2.0 …. a Web 3.0, 4.0, etc.  (…???) os quais irão colocar novos e contínuos desafios (veja-se dificuldades) aos imigrantes digitais e, ao mesmo tempo, aliciarão cada vez com maior premência os nativos digitais.

iii. A Web 2.0 e a BE 2.0
 De novo, o texto historia a interligação entre estes dois ambientes /plataformas explicitando em seguida os “upgrades” que a Web 2.0 permitiram introduzir na BE 2.0 comparativamente com os da BE 1.0.  Destaco: 1.centralidade do/no utilizador; 2. mediatismo/mediatização; 3.democraticidade (porque não exclusiva nem seletiva  ao nível dos utilizadores e das interações que com ela mantém); 4. inovadora e 5. progressivamente mais global nos serviços que presta à comunidade de utilizadores (esta também cada vez mais global por mérito do crescimento das suas interações e da diversificação dos serviços/conteúdos que vai disponibilizando.  Se David Lee King se refere às “ondas da biblioteca 2.0” eu gosto mais de uma expressão tipicamente portuguesa que poderíamos associar a esta funcionalidade/potencialidade da nova BE 2.0 – “  … é como as cerejas …” .
O documento termina com interpelações muito pertinentes para o ofício do PB e para a BE:
a.  Como estão a BE/escola a enfrentar este novo paradigma da sociedade do conhecimento colocado pela disseminação na escola da Web 2.0?
b.   A BE 1.0 deverá ser capaz de evoluir para o paradigma 2.0,  para a “enorme tarefa” que significa preparar os seus públicos para a aquisição das literacias necessárias à formação de leitores/utilizadores críticos.
c.  É premente repensar continuamente o papel/função/competências do PB à luz das exigências decorrentes dos desafios da BE 2.0 podendo, por exemplo, suscitar as seguintes questões orientadoras de uma reflexão sobre esta temática:
Que política para a BE?
Que suporte técnico?
Que ambientes para a disponibilização da informação?
Que recursos humanos?
Que seleção de ferramentas/ aplicativos?
 
2. Conclusão
Nós PB, imigrantes digitais estamos de facto perante “a enorme tarefa”. No entanto, não podemos “deitar mãos “ a tudo – há que definir prioridades, seleccionar recursos, definir políticas e só então partir para a construção da “mudança na escola”.





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