terça-feira, 20 de novembro de 2012

MUDANDO PARADIGMAS NA EDUCAÇÃO - UM COMENTÁRIO

Ideias orientadoras:
  • O mundo da educação está em transformação e é questionado por vários sectores mas, principalmente, pelos alunos nativos da era digital e da globalização que não reconhecem interesse na escola tradicional que consideram de chata e pouco estimulante.  
  • De facto, esta é uma escola plasmada no modelo iluminista e herdeira da revolução industrial que valoriza os conhecimentos académicos  e o modelo de inteligência a ele inerente (dedutivo) e relega para o mundo da "inadaptação"   todos os alunos que não se enquadram nesse modelo de escola - e são milhões no mundo atual - os quais são rotulados e medicados porque padecem do chamado transtorno do défice de atenção.
  • O que acontece com estas crianças é que, imersas no mundo digital desde os primeiros anos de vida, mundo esse muito absorvente, apelativo e diversificado, reagem negativamente à escola baseada no modelo tradicional de ensino, pelo que se apresentam como  problemáticas e desajustadas questão que tem sido resolvida à custa de toneladas de medicação em especial a ritalina.  
  • Continuar a medicar estas crianças, aparentemente inadaptadas, significa anestesiá-las e, consequentemente, privá-las de viverem intensamente vertentes/experiências de conhecimento que exigem simultaneamente a inteligência e a emoção.
  • Quais são então, para o autor, as alternativas possíveis?

  1. Manter em vigor o sistema educativo tradicional em que a escola é como a fábrica do séc. XIX - com toques, compartimentação de disciplinas, estandardização e padronização dos alunos.
  2. Ou, em contrapartida, mudar o paradigma, e criar escolas em que se atende às capacidades individuais dos alunos e ao pensamento divergente.
  • O autor conclui a sua apresentação explicitando a sua opção pela necessidade de as escolas mudarem definitivamente de paradigma - apostar no ensino colaborativo que favorece o trabalho de pares e os grupos de trabalho, referindo que a escola colaborativa é a que melhor promove o crescimento reagindo à atomização da escola tradicional;
  • Concluindo - é preciso mudar os habitats e a cultura das nossas escolas.  


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

COMENTAR ROSS TODD - CRIAR CONDIÇÕES PARA UM FUTURO VISÍVEL DA BE

Apenas algumas ideias-chave:
  • O fulcro do processo de construção do conhecimento na escola passa necessariamente pela BE;
  • O trabalho colaborativo entre a BE e os professores curriculares é outra das peças desse puzzle - é ele que permite ao aluno a construção do seu conhecimento efetivo - o desenvolvimento de competências e de capacidades;
  • As experiências retiradas das práticas de várias escolas no terreno confirmam que é de importância fulcral o contributo da BE na aprendizagem, vida e cultura da escola;
  • A interação permanente entre a BE e as estruturas de coordenação pedagógica, cultural e de direção fazem da BE uma peça incontornável do ensino baseado na aprendizagem;
  • A BE que trabalha em "co-docência" com os professores curriculares permite aos seus alunos obter melhores resultados e aprendizagens mais significativas - a BE focalizada nos curricula;
  • A BE que investe na sua "visibilidade" mais facilmente tem garantidos, por parte da direção, os recursos e as verbas necessários ao seu desenvolvimento/inovação;
  • Essa visibilidade evidencia-se através da divulgação por parte da BE de conteúdos relacionados com os conhecimentos a adquirir; 
  • A BE que investe em estratégias de valorização do processo de ensino-aprendizagem (implementação de uma pedagogia baseada no levantamento de questões orientadoras) consegue que na escola o ensino seja menos compartimentado i.e. - centrado na sala de aula - e, portanto, mais integrador dos conteúdos/capacidades/competências a desenvolver pelos alunos;
  • A BE só conseguirá  criar condições para um futuro com visibilidade se fundar o seu funcionamento no trabalho de equipas com várias valências.
Logo dos dias culturais 22 e 23 de Março - Luísa em Festa 2012
uma atividade colaborativa e interdisciplinar coordenada pela BE

 AQUI FICA O TEXTO ORIGINAL DO ARTIGO DE ROSS TODD QUE COMENTEI ACIMA



domingo, 18 de novembro de 2012

O GRANDE LIVRO DA LUÍSA DE GUSMÃO - experimentar o Issuu

Em 2009 comemoravam-se os 50 anos de vida da Escola Secundária de Dona Luísa de Gusmão. Estava a ser um ano difícil por várias razões mas, ao mesmo tempo, era para nós comunidade educativa, um ano de festa: celebrávamos cinquenta anos de existência. Foi sempre para nós muito claro que, apesar de todos os incidentes, esse era um momento que teríamos que viver intensamente, numa partilha de afectos em que professores, alunos e funcionários sentissem a Escola como sua, através da memória dos que aqui estiveram um dia e regressaram para contar como foi ou tão só da música ou dos desenhos ou das estórias ou das peças de teatro que os alunos foram fazendo ao longo do ano, com um sentimento de pertença que muitas vezes nos espantou e que quase sempre nos comoveu. Com este propósito, a BE liderou um projeto de escrita colaborativa que culminou na produção de Um Grande Livro, que foi escrito, ilustrado, lido e partilhado por todas as turmas da escola numa sessão a que chamámos de Grande Leitura e que se realizou em 22 de Abril desse ano. Para a posteridade aqui ficam algumas fotos e o texto integral do livro publicado em Issuu mais uma ferramenta da Web 2.0. que aprendi a usar. Mais um passo que encurta a distância do meu desconhecimento relativamente ao admirável mundo novo dos ambientes digitais nos quais começo a mexer-me com maior desenvoltura.

sábado, 17 de novembro de 2012

HÁ NOVIDADES NA BE/CRE

UMA EXPERIÊNCIA COM O SLIDESHARE
Esta é uma das ferramentas da Web 2.0 que mais utilizo, não só na minha prática docente mas também na construção/alimentação do blog da BE.  De facto, os meus colegas e alunos partilham com a BE recursos e atividades que querem ver divulgadas no blog da BE - o Scribd, o docstoc e o slideshare são, em minha opinião, as melhores ferramentas de trabalho para a divulgação deste tipo de ficheiros.  Escolhi fazer uma apresentação simples das capas dos novos livros e DVD's que adquiri para a BE com as últimas verbas que ganhei do projeto"Formar leitores críticos" da FCG.  Não tem animação nem texto - serve apenas para divulgar à comunidade escolar as novas aquisições.

A MINHA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA NO E COM O YOUTUBE


Esta foi a minha primeira experiência com e no Youtube como produtora e editora de conteúdos. Decidi gravar em som um comentário que uma aluna do 11ºano tinha feito por escrito ao livro de Gonçalo M. Tavares - "Matteo perdeu o emprego" seguindo a sugestão que nos foi dada pela MJV - referências (Caderno de Apoio à Leitura - Entre Margens - 11º ano  - Português) - Porto Editora; as imagens foram retiradas do Google Images (acedidas em 17.11.2012). Foi um parto difícil e não muito bem sucedido, como poderão ver, uma vez que decidi não fazer a captação de imagens vídeo mas montar uma sequência de fotos relacionadas com o texto que estava a ler. Cheguei à conclusão que terei que melhorar a minha proficiência com esta ferramenta da Web 2.0. se quiser ter algum impacto junto dos utilizadores da BE e leitores do seu blog.  Os direitos autorais são também outra das questões a ter em consideração.
No entanto, apesar de trabalhoso, não deixou de ser divertido dado que  esta tarefa envolveu a partilha de esforços e o apoio familiar - é que, quase a desistir e em SOS,  acabei por ter de pedir ajuda ao meu filho de 20 anos!!!


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

APLICAÇÃO DAS TIC NA FORMAÇÃO DE FUTUROS DOCENTES

Desde há uns tempos aderi a uma plataforma espanhola de professores de História - CLIO EN RED - que me tem sido preciosa na partilha de materiais e recursos didáticos.

Acabei de receber este vídeo (realizado na Universidade de Buenos Aires no âmbito de uma conferência sobre o tema deste post)  que responde de forma muito exaustiva aos desafios que nos foram colocados esta semana pelos nossos formadores. 
É um pouco longo mas penso que vale a pena vermos a utilização educativa das diferentes ferramentas da Web 2.0. e o tipo de trabalhos que os alunos (futuros docentes) conseguiram produzir.

Para pensarmos em conjunto.



               http://clioenred.ning.com/
                logotipo do CLIO en RED - acedido em 14.11.2012




A MINHA PRIMEIRA UTILIZAÇÃO DO BEAR SHARE

Acabei de fazer o primeiro download de música através do Bear Share.  Uma excitação!
Aqui partilho os Moody Blues - só para os "velhinhos(as)" como eu se deliciarem!
É só mais uma experiência no universo da Web 2.0 de que gostei.  
Parece-me que vou conseguir ser CATIVADA (como diria o Principezinho à raposa)

"Nights in White Satin" - descarregado do Bear Share em 14.11.2012






USANDO O BLOG COMO ARQUIVO

Acabei de ver partilhado na plataforma RBE este vídeo que me será muito útil enquanto professora de História 
O blog pode também ter esta função.


A NOSSA HISTÓRIA EM 2 MINUTOS

terça-feira, 13 de novembro de 2012

A WEB 2.0 E A BE 2.0 - UM COMENTÁRIO









Índice:
1.    Ideias orientadoras do texto em análise
i.   Definição do conceito e implicações sociológicas imediatas decorrentes do aparecimento da Web 2.0
ii.    A Web 2.0 e a Escola
iii.   A Web 2.0 e a BE 2.0
     2.    Conclusão

i.     Definição do conceito de Web 2.0 e implicações sociológicas imediatas decorrentes do seu aparecimento
Início da sua utilização em contexto histórico recente (2003). 
  A Web 2.0 revoluciona a forma como a internet passa a ser encarada pelos utilizadores ao mesmo tempo que introduz, imediatamente com o seu aparecimento, uma diferença abissal entre “nativos digitais” e “imigrantes digitais” na óptica das comunidades de utilizadores e das potencialidades e de serviços a que passam a aceder.

ii. A Web 2.0 e a Escola
 Questiona-se a forma segundo a qual podem (a BE) e a Escola acompanhar este “passo em frente” tendo em conta os novos serviços e funcionalidades proporcionados pela Web 2.0, considerando ainda o novo perfil de utilizadores e a incontornável interatividade inerente a esta plataforma ao nível da construção/produção de conhecimento.
 O documento continua explicitando que esta plataforma constitui-se, por si só, como “um valor acrescentado”, uma “mais valia” pelos aplicativos que proporciona aos utilizadores que, na rede e, em rede, atingem com a Web 2.0 números astronómicos se comparados com os da Web 1.0, tudo isto no espaço de uma década – 1996-2006 - ao mesmo tempo que se desenvolve uma inteligência colectiva, uma exigência crescente para a melhoria dos conteúdos e aplicativos bem como para a sua avaliação (rating), aumentando-se exponencialmente as conexões entre os utilizadores como se de sinapses de um cérebro se tratasse.
 Outro paradigma associado à Web 2.0 é o da atitude nova que ela pressupõe no relacionamento entre utilizadores – o exemplo dado coloca a escola no centro do “desajustamento” que se está a verificar: na escola a superstrutura (docentes/direção) são ainda da geração dos “imigrantes digitais” e, portanto, têm consequentemente mais dificuldade (veja-se maior lentidão) em adaptar-se aos desafios pedagógico-didáticos colocados pela Web 2.0. No reverso da medalha encontra-se a multidão dos “nativos digitais” (os alunos) que, ao serem pioneiros da utilização desta plataforma nas escolas, a utilizam massivamente numa aprendizagem sem tutoria, indiferentes aos riscos que ela comporta, sem formação, orientação e supervisão para gerirem o infindável volume de informação e de conteúdos que dela jorram, sem possuírem ainda o “aparelho crítico” e o domínio das literacias que lhes permitam distinguir as “ervas daninhas ”no terreno fértil dos temas e ideias” (imagens, vídeos e sons, acrescentarei).
 E este risco/desafio não está perto de encontrar solução porque no horizonte próximo se perfilam já os novos “upgrades” da Web 2.0 …. a Web 3.0, 4.0, etc.  (…???) os quais irão colocar novos e contínuos desafios (veja-se dificuldades) aos imigrantes digitais e, ao mesmo tempo, aliciarão cada vez com maior premência os nativos digitais.

iii. A Web 2.0 e a BE 2.0
 De novo, o texto historia a interligação entre estes dois ambientes /plataformas explicitando em seguida os “upgrades” que a Web 2.0 permitiram introduzir na BE 2.0 comparativamente com os da BE 1.0.  Destaco: 1.centralidade do/no utilizador; 2. mediatismo/mediatização; 3.democraticidade (porque não exclusiva nem seletiva  ao nível dos utilizadores e das interações que com ela mantém); 4. inovadora e 5. progressivamente mais global nos serviços que presta à comunidade de utilizadores (esta também cada vez mais global por mérito do crescimento das suas interações e da diversificação dos serviços/conteúdos que vai disponibilizando.  Se David Lee King se refere às “ondas da biblioteca 2.0” eu gosto mais de uma expressão tipicamente portuguesa que poderíamos associar a esta funcionalidade/potencialidade da nova BE 2.0 – “  … é como as cerejas …” .
O documento termina com interpelações muito pertinentes para o ofício do PB e para a BE:
a.  Como estão a BE/escola a enfrentar este novo paradigma da sociedade do conhecimento colocado pela disseminação na escola da Web 2.0?
b.   A BE 1.0 deverá ser capaz de evoluir para o paradigma 2.0,  para a “enorme tarefa” que significa preparar os seus públicos para a aquisição das literacias necessárias à formação de leitores/utilizadores críticos.
c.  É premente repensar continuamente o papel/função/competências do PB à luz das exigências decorrentes dos desafios da BE 2.0 podendo, por exemplo, suscitar as seguintes questões orientadoras de uma reflexão sobre esta temática:
Que política para a BE?
Que suporte técnico?
Que ambientes para a disponibilização da informação?
Que recursos humanos?
Que seleção de ferramentas/ aplicativos?
 
2. Conclusão
Nós PB, imigrantes digitais estamos de facto perante “a enorme tarefa”. No entanto, não podemos “deitar mãos “ a tudo – há que definir prioridades, seleccionar recursos, definir políticas e só então partir para a construção da “mudança na escola”.





sábado, 10 de novembro de 2012

PORQUE GOSTO DE CINEMA



Nestas andanças pela net encontrei há pouco um site de cinema - que é uma das minhas paixões -  que vou partilhar e que está relacionado com o Festival de Cinema de Toronto entre outros 

http://tiff.net/filmsandschedules/tiff/2012/patiencestone


Nós professores bibliotecários temos também que estar a par dos últimos lançamentos cinematográficos e o Youtube põe-nos ao corrente do que mais se visualiza  Para muitos dos nossos alunos é através dele que acedem ao cinema, nem sempre nas melhores condições e certamente sem orientação ou supervisão - daí a necessidade de estarmos atentos.



Boas visualizações!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

CATIVA-ME



"Foi então que apareceu a Web 2.0.
- Olá, bom dia! - disse ela.
- Olá, bom dia! - respondeu delicadamente a Teresa bibliotecária que se voltou mas não viu ninguém.
- Estou aqui, dentro deste MODE (my own device - NT).
- Quem és tu? - perguntou a Teresa bibliotecária - És bem bonitinha...
- Sou a Web 2.0. - disse ela.
- Anda brincar comigo - pediu-lhe a Teresa bibliotecária - estou tão triste ... os meus alunos deixaram de gostar de ler os livros que compro para eles.
-Não posso ir brincar contigo - disse a Web 2.0. - ainda não me cativaste ...
-Ah! Então,  desculpa - disse a Teresa bibliotecária.
Mas pôs-se a pensar, a pensar, e acabou por perguntar:
- O que é que "cativar" quer dizer?
- Vê-se logo que não és de cá - disse a Web 2.0. - de que é que tu andas à procura?
- Ando à procura de partilhar informação, de comunicar, de interagir em novos ambientes digitais, de inovar, de ter uma conta de Facebook, de estar ligada a mil amigos no Twitter, no Linkedin ou no Google +, de saber usar um Ipad e já agora um Iphone, de saber fazer um Podcast (ou será um Vodcast?); Diigo isto porque sei que tu me podes ajudar, especialmente porque és Delicious e és também especialista em Wikis, em blogues em ebooks e apareces frequentemente no Youtube - já fiz um Survey monkey e descobri que és usada por milhões de utilizadores em todo o  mundo e há também milhões de tags dedicados a ti.
- Oh! os homens têm computadores e outros "devices" e passam o tempo a navegar - disse a Web 2.0. - É uma grande maçada! E também fazem criação de galinhas! Aliás na minha opinião, é a única coisa interessante que eles têm.  Andas à procura de galinhas?"
                          
 Adaptação livre de "O Principezinho"  de Antoine de Saint-Exupéry
 Fotografia da autora